Faz hoje um mês, dia 2 de Agosto de 2013 que o avô Vitalino foi fazer-te companhia. Penso que já se encontraram os dois nessas nuvens brancas e puderam olhar cá para baixo e ver este lindo Alentejo que tanto adoravam, assim como os nossos rostos cheios de tristeza e de incredulidade.
Tal como tu, o avô Vitalino não nos deu tempo para nos habituarmos à ideia de que ele iria partir para te procurar-te nesse céu de nuvens onde tu habitas. Tal como tu, ele partiu sem se despedir de nós. E nós ficámos em estado de choque, desorientados e expectantes para o que se estava a passar.
Hoje, a avó Amélia quis ir a casa dela. Ambas estávamos completamente chocadas por vermos aquela casa vazia, sem vida, onde as coisas estavam inertes e no mesmíssimo lugar onde as tínhamos deixado no dia da partida.
As duas muito nervosas, percorremos as divisões uma a uma, como se tivéssemos a esperança de que tudo estava igual a 1 de Julho. Mas não!!! tudo mudou desde essa tarde do dia 2 de julho, em que o INEM levou ao avô para o hospital. Como sempre ia calmo, tranquilo como era seu hábito. Pensava ele e pensávamos nós que ele iria voltar, que nada de especial estava a acontecer... mas quis o destino que a meio do percurso para o hospital o seu coração não aguentou e deixou-se ir.... não teve forças para lutar contra o espectro da morte e partiu calmo e serena como sempre foi.... tenho tido tantas saudades dele.... tenho dúvidas que vocês se tenham encontrado..... tanta contradição nestes pensamentos tortuosos...
Viver com a perda daqueles que nós mais amamos é tão difícil, é tão terrível....
Sentir a perda daquele pai brincalhão, bem disposto, por vezes a fingir que estava tudo bem, quando desde a tua partida nenhum de nós somos os mesmos....
Um beijo muito amigo, Zuzu!!
ResponderEliminarO teu pai faz-me lembrar o meu avô. Parece que eles seriam imortais. Estão lá sempre, e talvez estejam de uma outra forma. Deixe-mo-los partir para novas aventuras, sempre foram homens de acção e criatividade. Estamos orgulhosas :)
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