Marta
MARTA, SALA DE MASSAMÁ, 16 ANOS |
Eu, o tio António Manuel e o casal Marques tínhamos combinado ir ao Alentejo, fazer um almoço.
Estava deveras animada pois, o mês de Fevereiro é sempre para mim muito especial. Os campos floridos, o Sol de Inverno que brilha por entre as nuvens, a temperatura amena e principalmente a acalmia alentejana, fazem-me sentir um grande bem estar.
Mais tarde, vim a saber que também tu irias estar presente com os teus pais e um amigo, nesse almoço, em casa da avó Dolores.
Fiquei ainda mais animada.
Mas querida Amiga, nem tudo o que pensamos e desejamos é a realidade e aquele Sábado acabou por ser de uma grande tristeza e dor, uma dor muito profunda para todos nós e tão difícil de descrever…
A tua missão nesta vida tinha terminado...
A saudade e o desgosto ficaram em todos os que te amavam e admiravam.
Aquele dia 4 de Fevereiro, soalheiro e calmo, tinha escurecido de repente; tudo à nossa volta ficou medonho.
Em silêncio, os nossos olhares cruzavam-se e todos nos interrogávamos sobre o porquê de tão repentinamente ( na flor da vida) teres partido.
Mas há tantos porquês; e sem querer a revolta instala-se, continuo sem perceber o porquê da tua morte, de tanto sofrimento e de tantas lágrimas.
Por vezes, parece-me que nesta vida há um terreno ressequido onde as sementes são de dor.
Só me resta um pouco de Fé. E é em nome dessa Fé que peço ajuda para todos nós, que tenhamos capacidade de reconhecer que continuas connosco e que na escuridão, a tua presença é uma certeza.
Lá longe, muito longe onde te encontras, o teu Espírito de Luz vai de certeza nos iluminar e vai dar-nos capacidade de responder àquilo que para nós continua sem resposta.
Que Deus ilumine a tua Alma
Da Amiga que muito te Admirava
LENA
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