28 DE JANEIRO 1995
Durante a semana que passou, falei ao telefone todos os dias com a Marta.
Estava combinado fazer-se a matança do porco, em Amareleja, no fim de semana, dia 28.
Quando falávamos ao telefone, a Marta insistia comigo para que eu fosse com o pai à matança, pois ela também iria lá ter. Eu dizia-lhe que não ia, pois não gostava de matanças e que sempre me fizera muita impressão ver tanta carne. A Marta voltava a insistir e eu voltava a dizer-lhe que não ia. Hoje, tenho pena por não lhe ter feito a vontade, ainda ouço a sua voz ao telefone, muito meiga e doce, pedindo-me para que eu fosse.
Não fui.
A Marta chegou sábado a Amareleja, vinha bem-disposta e de boa saúde. Ajudou na matança, trabalhou imenso, e esteve sempre muito bem, com toda a sua genica e força.
AVÔ VITALINO E MARTA |
O avô Vitalino também lá estava e a imagem, que guarda na sua memória, é a da Marta a correr pelo quintal fora, com os cabelos compridos levados pelo vento, para ir telefonar ao matanceiro, pois este estava a demorar-se.
A Marta sempre foi uma pessoa muito activa, sempre pronta ajudar e a resolver as situações mais diversas que se deparavam.
Depois do jantar, fez um chá de limão para o avô Vitalino beber, pois este queixou-se que se sentia constipado e ela foi logo, muito resoluta, fazer-lhe um chá.
ANDRÉ E RODRIGO SERRA DE SOUSEL 1 DEZEMBRO 1994 |
Depois ajudou o Rodriguinho nos trabalhos da escola e brincou com o André, sempre teve muita paciência para com os primos e adorava-os.
Falei-lhe nessa noite para a Amareleja, estava bem disposta e pensava ir na camioneta de Domingo das oito horas da manhã para Beja, pois tinha que aproveitar para estudar e descansar um pouco.
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