MARTA

MARTA
O ADEUS PRECOCE DA MINHA ESTRELA MAIOR

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

POEMA DA MARTA

DIA 30/12/1987 JUNTO AO RIO TEJO EM LISBOA
MARTA BALEIRO

Tudo começou numa manhã de Setembro.
Quando eu te vi.
Quando eu vi aquele rosto meigo e macio a olhar para mim,
 Todo o meu coração brilhava para ti,
Os meus olhos pareciam olhar com amor
Esqueci a guerra, esqueci tudo lá fora quando te vi,
A crueldade das pessoas, a mágoa das crianças pobres.
Esqueci que podia haver Paz, mas não havia!
Porquê estes sentimentos todos?
Porque eu notei que te amava, sentia amor.
Mas logo pensei em dizer adeus, dizer adeus e nada mais.
Porque não! Não pode ser verdade…
Eu estar a ficar apaixonada por um rapaz que eu estava a ver pela primeira vez.
Mas era verdade, estava apaixonada!
Estou apaixonada!
Quando tudo acabar!
Quando tudo ficar verde da cor da esperança:


 EU VOLTO




Marta love C. 

( 13 anos)

1 comentário:

  1. A minha irmã apaixonou-se muito cedo! E viveu as trovoadas de amor muito cedo. Eu tive de esperar mais uns aninhos, apesar de ser a mana mais velha...:) Ela vivia tudo com tanta intensidade e energia e entrega. Que engraçado que era. Todos os textos, mostram a intensidade e a velocidade da vida da Marta. Na altura, nós não sabiamos, mas tinha mesmo de ser assim, pois a viagem da minha mana iria ser mais curta. A Aires tem razão, a Marta foi feliz em Beja (eu sabia) mas, mais uma vez aí, ela viveu tudo mais depressa do que os outros: eu, na fac, ainda estava na casa dos pais, a cozinharem o jantar para mim;) - a Marta já vivia com o Paulo e geria a vida dos dois. Aos 20, limpava a casa dela, cozinhava para os dois e para todas as visitas que apareciam, e até passava a ferro as camisas do Paulo (este último detalhe sempre foi uma surpresa para mim pois eu ainda hoje - com 40 anos - nunca passei uma camisa do meu marido...). Não tenho a energia da minha mana. É sem dúvida um pouco misterioso: a rapidez com que cresceu, viveu e sentiu cada amor, cada amizade, cada amizade. Agora sabemos: tinha mesmo de ser assim. Fizeste bem, mana. Muito bem.

    Mais uma vez obrigada, Mãe, pela partilha. A minha memória - que sempre me atraiçoou - precisa destes textos para me lembrar com a Marta viveu a vida muito bem.

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